Pirâmides de Influência: como conectar os tiers de audiência ao funil de marketing
- Allan Casagrande

- 27 de out.
- 3 min de leitura
Entenda como alinhar o tamanho dos influenciadores ao papel estratégico que exercem na jornada do consumidor — e por que influência é muito mais do que números.
Introdução
Muita gente ainda acredita que basta escolher os influenciadores com mais seguidores para garantir resultados. Mas influência não é só sobre tamanho — é sobre o papel que cada pessoa exerce dentro da jornada de compra.
Afinal, nem todo influenciador grande gera conversão, e nem todo pequeno tem alcance limitado. O segredo está em entender como as pirâmides de influência se relacionam com o funil de marketing — e como essa combinação pode transformar sua estratégia.
Pirâmide de Influência: mais do que faixas de seguidores

Os tiers (ou níveis de influência) ajudam a entender o alcance potencial e o custo de cada tipo de criador.
Mega influenciadores: acima de 1 milhão de seguidores.
Macro influenciadores: entre 500 mil e 1 milhão.
Médio influenciadores: entre 100 mil e 500 mil.
Micro influenciadores: entre 10 mil e 100 mil.
Nano influenciadores: até 10 mil.
Essas divisões são úteis para estimar visibilidade e investimento, mas não devem ser o ponto final da análise. O tamanho da audiência influencia o alcance, mas não determina o papel estratégico que cada criador pode exercer.
O funil de marketing e os papéis de influência

Dentro de uma campanha, cada influenciador pode cumprir um papel específico na jornada do consumidor. Eles se conectam aos estágios do funil — awareness, consideração e intenção — e ajudam a mover o público de um ponto a outro.
Os principais papéis são:
BigShots: geram reputação e endosso.
Broadcasters: ampliam alcance e propagação.
Reporters: constroem narrativa e storytelling.
Specialists: transmitem autoridade e confiança.
Insiders: estimulam identificação e conversão.
A eficácia de uma campanha depende da composição inteligente entre esses papéis — e não apenas do volume de seguidores.
A relação entre a pirâmide e o funil

Tradicionalmente, o mercado tende a associar o topo da pirâmide (Mega e Macro) ao topo do funil (awareness), e a base (Micro e Nano) ao fundo (conversão). Mas, na prática, essa relação é muito mais dinâmica — e, muitas vezes, caótica.

Um influenciador grande pode ter autoridade técnica (como um Specialist), enquanto um influenciador pequeno pode gerar enorme impacto de reputação e alcance, dependendo do contexto.

Um exemplo claro: Dr. Drauzio Varella. Com 1,5 milhão de seguidores, ele é um Mega influenciador, mas exerce papéis de BigShot e também de Specialist, com alta credibilidade e valor simbólico.
Do outro lado, campanhas que reúnem dezenas de micro ou nano influenciadores podem gerar awareness coletivo, sem perder a autenticidade e o poder de conversão que vem da proximidade com o público.
Como aplicar na prática
Defina os objetivos da campanha. O que você quer gerar: reputação, alcance, consideração ou conversão?
Mapeie os estágios do funil que precisam de reforço. Entenda onde estão os gargalos e quais comportamentos você quer estimular.
Identifique os papéis de influência necessários. Pense em quem inspira, quem endossa e quem converte.
Ajuste os tiers aos papéis — não o contrário. O tamanho da audiência deve servir à estratégia, não defini-la.
Escolha criadores com base em fit, não só em fama. Alinhamento de valores, linguagem e propósito é o que gera influência real.
Conclusão
Influência efetiva não se mede apenas em números. Ela se constrói pela coerência entre papel, contexto e estratégia.Mais do que preencher uma planilha de seguidores, é preciso entender quem entrega o que sua marca realmente precisa — e como cada perfil contribui para a jornada do consumidor.
Se você quer entender profundamente como pensar o marketing de influência com método, consciência e estratégia — indo muito além de fórmulas e achismos —, conheça The Book of Influence.
É o primeiro livro brasileiro a tratar a influência como uma disciplina concreta de marketing, unindo teoria, prática e ética profissional.
Saiba mais em THE BOOK OF INFLUENCE.




Comentários